quarta-feira, 11 de abril de 2018

Do Mestre, do Apóstolo, da Discípula, do Pastor, do Tolo

Por Saulo Alves de Oliveira

Do Mestre

Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.


Do Apóstolo

Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram.
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.


Da Discípula

Como é que se compara um animal desse, molambo velho, pinguço, asqueroso, nojento com o Estadista, homem honrado, que foi Moisés? Isso só revela o grau de ignorância desses seguidores cegos. (*)


Do Pastor

Nada, só o silêncio, nenhuma palavra de admoestação. Talvez concorde com as palavras da Discípula.


Do Tolo

No silêncio das suas reflexões, apenas as inevitáveis constatações que se acumulam há vários anos: só um Idiota como eu pode pensar que as palavras do Mestre e do Apóstolo são para os nossos dias. O que deve valer mesmo é o “dente por dente, olho por olho” do homem honrado que foi Moisés.


(*) Não são palavras inventadas pelo Tolo, são palavras literais escritas por uma Discípula e pregadora do Evangelho

terça-feira, 3 de abril de 2018

Coisa típica de neófito, ou seria de cruzado?

Por Saulo Alves de Oliveira

A atitude de Deltan Dallagnol ao afirmar que vai orar e jejuar pela prisão do Lula – algo implícito na sua afirmação –, além de hipócrita (Mt. 6.5,16), é típica de um neófito na fé cristã. Aquele novato que quer impressionar os demais parecendo mais santo do que as outras pessoas.

Eu já vi e convivi com vários crentes assim e já fui vítima de um desses principiantes da fé, que veio à minha casa para me exortar. Eu não o tratei mal, apenas o ouvi em silêncio. Acho que o silêncio, em alguns casos, é a melhor resposta, especialmente quando lidamos com religiosos novos tomados pelo fervor inicial e o consequente deslumbramento dos primeiros dias.

Evidentemente, não são todos os principiantes que agem dessa forma. Há muitos neófitos que sempre têm os pés no chão e a cabeça sobre o pescoço.

Por incrível que pareça, há veteranos que jamais deixaram de agir como neófitos. Se eu os conheço? Sim, e não poucos.

É lamentável que esse jovem promotor esteja à frente de tão importante tarefa, pois os prejuízos que ele e sua equipe, junto com o Sr. Moro, estão impondo ao Brasil, sob os olhos inertes das instâncias superiores, é de tal ordem que talvez eu não veja a sua completa reversão nos anos da minha vida. É como se um médico, para curar a doença, resolvesse matar o paciente. Um médico esquizofrênico, ressalte-se.

Também é coisa típica de cruzado. Libertar Jerusalém matando os “infiéis”. Infiéis na sua ótica, isto é, do cruzado.

domingo, 1 de abril de 2018

Qual é a sua pátria? Brasil ou Israel?

Por Saulo Alves de Oliveira

Há pessoas – vou ser mais claro, alguns crentes ou evangélicos – que defendem Israel de uma forma tão apaixonada que, no caso de uma eventual e inusitada guerra entre Brasil e Israel, mesmo com o Brasil injustamente agredido, muito provavelmente lutariam ao lado de Israel. Talvez tal guerra não seja uma hipótese factível, porém como argumento teórico é aceitável e possível.

Eu conheço pessoas que me transmitem a nítida impressão de que amam mais Israel do que o seu próprio País. 

As cabeças dessas pessoas funcionam mais ou menos assim: lutar contra Israel é lutar contra Deus, em qualquer circunstância. 

Vou tentar não me deixar contaminar com o fanatismo que estou criticando. É importante ter a mente sempre aberta. Obviamente, não são todos os evangélicos que pensam assim. Existem inúmeros evangélicos com cabeças e pensamentos livres de certas amarras que prendem ao passado, isto é, a conceitos totalmente fora da realidade atual.

Desculpem-me, meus caros amigos, se esta declaração fere sensibilidades ou crenças – não deveria ser assim –, mas a minha pátria é o Brasil, portanto o Brasil está em primeiro lugar.