segunda-feira, 27 de março de 2017

Será que desta vez o Brasil ganha o prêmio Nobel?

Por Saulo Alves de Oliveira

Eu não sou jornalista, mas tenho as minhas fontes de informação. Preciso tomar cuidado. E se o Sr. Moro resolve descobrir quem é a minha fonte secreta?

Há rumores de que na próxima edição do prêmio Nobel um cientista brasileiro será agraciado. Pela primeira vez, desde a sua primeira edição em 1901, o prêmio criado por Alfred Nobel será concedido a um conterrâneo nosso. Segundo a minha fonte será o Nobel de física ou Química.

Não se sabe ainda, com certeza, o nome do cientista. Sabe-se apenas as iniciais do seu nome. O felizardo certamente ficará muito famoso, pois, após 116 anos de premiação, um brasileiro será finalmente laureado. Suas inicias são MBL.

Será Manoel Batista de Lima? Ou seria Maria Bernadete Lustosa? Sinceramente, não sei.

E qual é a grande descoberta ou invenção do senhor MBL?

O Dr. MBL inventou ou descobriu uma tinta que faz as pessoas desaparecerem, isto é, uma tinta que, após aspergida sobre as pessoas, as torna invisíveis.

E como toda invenção ou descoberta deve ser testada para ter sua eficácia comprovada, ontem foi realizado o grande teste.

Milhões de pessoas saíram às ruas pintadas com a tinta invisível do Dr. MBL e realmente o teste comprovou que a tinta funciona, ninguém as viu. Somente alguns poucos, que não aceitaram participar da experiência, foram vistos pelas ruas vestidos de verde e amarelo.

Segundo minha fonte secreta, a polícia está muitíssimo preocupada. Se a tinta cair em mãos erradas, será muito difícil descobrir os autores de alguns crimes.

Em tempo: Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência. 

sexta-feira, 24 de março de 2017

Altruísmo não é o mesmo que proselitismo

Por Saulo Alves de Oliveira

A miséria e a pobreza no mundo são tão grandes que quaisquer iniciativas para ajudar os mais necessitados devem ser incentivadas sempre.

No entanto, a virtude está em ajudar os outros sem segundas intenções.

Será que não é possível ajudar as pessoas simplesmente por altruísmo, sem proselitismo?

Não julgo uma atitude moralmente aceitável quando religiosos se aproveitam da miséria de pessoas carentes para “impor” a tais pessoas sua fé, ou crença, qualquer que seja ela, inclusive o cristianismo de vertente evangélica.

Levar comida, roupa e conforto, sim... quanto ao proselitismo...

Há alguma diferença na vida de quem ajuda os mais pobres?

Que as pessoas percebam-na de forma natural.

E se alguém quer se tornar um prosélito, que o faça de forma livre e espontânea.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Crenças sem evidências são apenas crenças

Por Saulo Alves de Oliveira

Não pode ser apenas uma questão de crença. Cada um crê naquilo que lhe agrada e lhe traz conforto ou está de acordo com as suas convicções pessoais. Sem suas crenças, algumas pessoas não suportariam as duras lutas da vida. Já tive a oportunidade de ouvir tal confissão de pessoas muito próximas. E não as julgo. Eu entendo. Também sou um humano, e, quanto a isso, tenho experiência própria, pois já me senti assim no passado. Sou um humano demasiadamente humano naquilo que significa fraqueza.

Eu também enfrento dissabores. Minha vida não é um mar de rosas. Eu também já passei por momentos e situações escuras, todavia, quando eu mais precisei de evidências, estas não se apresentaram. Eu me vi completamente só e tive de superar o lado cinza da vida sem o conforto lá de cima.

Então, não interessa se as nossas crenças nos trazem conforto. Se as crenças não forem baseadas em evidências, é disso que elas não passam, crenças, nada mais. Acreditar em algo, por mais reconfortante que seja, não o faz verdadeiro. Crianças acreditam em Papai Noel. Crianças acreditam na Fada do Dente. Também há adultos que acreditam em fadas, duendes, gnomos, lobisomens e muitos outros seres sobrenaturais. Todavia, tais seres simplesmente não existem. 

Certa vez, crianças desconfiaram que seus pais eram a Fada do Dente. Então combinaram com alguns amigos que o primeiro que perdesse um dente não contaria aos pais e colocaria o dente sob o travesseiro sem os pais saberem. Feita a experiência, no outro dia constataram: não havia moeda alguma sob o travesseiro, apenas o dente.

É assim que adultos devem agir.

Teste suas crenças, talvez você se surpreenda com o resultado.

Eu sei que é muito difícil enfrentar essa dura realidade, pois também o foi para mim. Talvez a maioria das pessoas não suporte conviver com essa realidade, sob pena de submergirem nas ondas do grande mar chamado vida. Foram necessários muitos anos de reflexão até eu aceitá-la.

Um acredita que Maria é a mãe de Deus (sic) e está pronta a atender todos os pedidos dos seus filhos humanos.

Outro acredita que Deus está preocupado com os mínimos detalhes de sua vida. Algo profundamente reconfortante, não tenho dúvidas, que fortalece e dá ânimo aos peregrinos na longa e muitas vezes cruel jornada da vida. Lembro do poema “Pegadas na Areia”. Quem não quer ter um Amigo que o coloca nos braços nos momentos mais difíceis!? Lamentavelmente, nos meus testes o segundo par de pegadas continuou na areia. 

Um outro acredita que a Bíblia aberta no Salmo 91 traz alguma proteção para o seu lar.

Aquele lá acredita que os mortos se comunicam com os vivos e lhes enviam mensagens de conforto, que aliviam a dor da separação.

Há também aquele que acredita que o Messias ainda vem e que o toque no Muro das Lamentações em Jerusalém pode atrair bênçãos.

E aquele outro acredita que o profeta ascendeu aos céus montado em um cavalo.

Todavia, quais dessas crenças são baseadas em evidências inquestionáveis?